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Texto produzido em tempo-real a partir de improvisações do GDC para o filme “RUÍNAS”

Atualizado: 19 de out. de 2018


O homem andando de costas. O homem rastejando. O homem se molda, ocupa os espaços vazios de seu corpo. A mulher se envolve de círculos por todo o corpo. A mulher circula montes de folhas. A mulher se abre por todo o espaço. A mulher tocas os pés no céu e na terra. A mulher é um sol pulsante. A mulher é um prolongamento das árvores ao seu redor. A mulher se quebra, se despedaça. A mulher se dilacera. A mulher dissolve como vela. A mulher é uma construção de areia. O homem se tornou línguas de fogo. O homem é fogo que sobe, queima e cai em cinza. O homem é fogo que alastra e então se fixa em outro lugar. O homem é fogo que corta. A mulher ameaça. A mulher se ameaça. A mulher é vento. A mulher desequilibra o lugar, se afunda no chão, se mistura. A mulher dorme, o som do vazio invade. O homem acorda. O homem não sabe se vê, se escuta, se espera, se parte, se sonha.




Dani Guimarães

04/09/2018

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